As Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) celebraram no último (dia 20), às 9h, no Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres (Largo de Roma), uma Missa em Ação de Graças pelos 80 anos de vida de Iracy Lordello, voluntária mais antiga da instituição e grande companheira do Anjo Bom da Bahia. Iracy Vaz Lordello é testemunha viva e fiel de que o amor e o serviço podem sim mudar o mundo. Após oito décadas, completadas oficialmente no último dia 14 de fevereiro, Irá, como é carinhosamente chamada, continua a encantar a todos com a simplicidade e com a sabedoria de quem fez da vida um incondicional exercício de solidariedade.Nascida no município de São Félix, Iracy deixou o Recôncavo baiano para estudar em Salvador, construindo ao longo dos anos uma incansável rotina em favor daqueles que buscam acolhida junto à OSID. Para a voluntária, não existe fim de semana ou feriado. Todos os dias, às 5h da manhã, ela percorre as enfermarias do Hospital Santo Antônio rezando pelos pacientes. Depois, cuida pessoalmente do café dos médicos e ajuda os mais necessitados que chegam até a organização. Com tantos anos de dedicação, Iracy é uma apaixonada pelas Obras e transmite a essência da entidade para os que aqui chegam. “Para mim, ela é a representação do legado de Irmã Dulce. Os residentes têm uma imagem maternal de Irá e procuram se espelhar nela para atender os pacientes”, revela o residente da Clínica Médica, Paulo Góes. Para a superintendente da organização, Maria Rita Pontes, “o trabalho que Iracy faz hoje junto aos pacientes, além de tudo o que ela representa para os médicos e residentes, é essencial para a continuidade da missão da Bem-Aventurada, no sentido de que Irmã Dulce visitava todos os leitos para, além da assistência física, prestar assistência espiritual”. Criado na Cidade baixa, o agente de portaria Antônio de Oliveira, testemunhou Iracy, muito jovem, caminhando ao lado do Anjo Bom em busca de ajuda para os doentes. Hoje, enquanto trabalha, Antônio observa a voluntária dando alimento, roupa ou arrecadando dinheiro para pagar a passagem de alguém que precisa retornar para casa, exatamente como no tempo de Irmã Dulce. “O que chama mais atenção nela é sua vitalidade e dedicação ao próximo. Ela deixa de cuidar da própria saúde, para cuidar do outro”, comenta. Percorrendo as ruas de Salvador para resgatar vidas ou levando a palavra aos presidiários, Iracy aprendeu com a freira baiana o verdadeiro significado do amor ao próximo. Inspirada neste amor e fortalecida na oração, a grande Irá segue com sua missão nas Obras Sociais Irmã Dulce.
Colunista: Yin Yee CarneiroOutras notícias do mesmo colunista |
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