Na atual realidade que envolve as artes contemporâneas, especificamente quando se refere aos trabalhos artísticos voltados para o vídeo, percebe-se uma variedade de novas linguagens e ou estilos que surgem e se configuram como elementos que passam a compor uma identidade visual diferenciada. A proposta artística que envolve a exposição da série de vídeos InanimaDor, surge como uma criação estética diferenciada, na busca por novas apreensões e configurações estilísticas. Os trabalhos podem ser conferidos de 20 à 29 de março, na Sala Alexandre Robatto – Dimas – Diretoria de Audiovisual, das 09h às 19h. O lançamento será dia 19, às 18h. A partir do neologismo “VídeoDoc.Arte”, criado pelo artista visual e jornalista Fábio Salmeron, como fruto da dissertação de mestrado na Escola de Belas Artes – Universidade Federal da Bahia, configura-se uma diferente e inédita estética dentro das classificações ou formas já configuradas nas construções que envolvem o vídeo, como linguagem contemporânea. No estudo o pesquisador mergulha nas suas experiências como documentarista e busca nos conceitos técnicos do gênero documentário elementos que passam a ser associados aos do videoarte, e juntos, passam a criar normas e ponderações em torno de uma construção videográfica, chamada de VídeoDoc.Arte. Constituindo uma oportunidade de criação estética e narrativa, tendo na poética dessas duas artes (documentário e videoarte), o fio condutor para se construir a noção criativa que deu origem a série InanimaDor. O conjunto de quatro vídeos que serão apresentados ao público de forma seriada, tem como temática central as sensações que estão relacionadas a “Dor”. A dor passa a ser o tema em que os vídeos foram construídos, tendo como protagonistas objetos inanimados (tecido, lata, papel, tinta, porta-retratos e abridores de lata), dentro de um enredo que sugere para uma manipulação de tal forma, que despertam e ou requerem uma tensão de algo desconfortante, desagradável ou dolorido. A obra no que relaciona-se à sua essência em arte, faz inúmeros questionamentos, principalmente em relação as questões da natureza humana, quando utiliza objetos, coisas do cotidiano e passa a animá-los, como se tivessem vida própria. Dessa forma, faz-se uma crítica a uma sociedade consumista, à banalização da vida, aos sentimentos e sensações que devem ser preservados de forma verdadeira, à frieza em meio às sensações e sentimentos de terceiros, enfim, a tudo que nos cerca, que é de nossa natureza e que passa a ser tratado com distanciamento. Ao público cabe, ter as suas próprias sensações dentro de uma experiência InanimaDor.
Colunista: Yin Yee CarneiroOutras notícias do mesmo colunista |
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