Junho já chegou e com ele uma das festas mais aguardados pelos baianos: o São João. Época de viagens, de reunir os amigos e a família, de soltar fogos, de celebrar as boas colheitas. Época também de mesa farta, onde não faltam os quitutes juninos. Canjica, cuscuz, mingau, milho e amendoim cozido, milho assado, curau, mungunzá e bolos. Com tantas delícias, é fácil cometer exageros e passar da conta. Por isso, é bom ficar atento ao que pode e o que deve ser consumido com moderação. Para a nutricionista e coordenadora do curso de nutrição da Unijorge, Ana Paula Paim, o primeiro cuidado deve ser com a higiene e segurança dos alimentos. “No São João é comum que as pessoas consumam alimentos vendidos na rua, em feiras e festas. Por isso, é preciso é ficar atento com as condições de higiene do local, prestar atenção se as comidas estão bem acondicionadas e sendo bem manipuladas”, ressalta. O amendoim, um dos alimentos favoritos nessa época, pode oferecer um risco grande, desconhecido por grande parte da população. O alimento, quando não bem acondicionado nas prateleiras dos supermercados ou nos balaios das feiras, pode desenvolver um fungo que produz uma toxina chamada aflatoxina que tem relação com maior risco de ocorrência de câncer hepático. “Na maioria das vezes, consumimos o amendoim sem perceber que está mofado. Mas podemos observar melhor e perceber que os grãos são escuros ou esverdeados e tem sabor desagradável”, alerta Ana. Apesar desses cuidados, as notícias são boas para quem gosta dos quitutes juninos. A coordenadora ressalta que a grande maioria dos pratos de São João são o resgate da cultura alimentar do nosso povo, das nossas raízes e são feitos de maneira artesanal, utilizando ingredientes naturais sem aditivos químicos. Milho, coco, aipim, canela, cravo, erva doce e a goma de tapioca são alimentos fontes de fibras, vitaminas e minerais. Cozidos ou assados e, geralmente os pratos juninos não são fritos nem industrializados”, aponta. “No entanto, é preciso ficar de olho nas preparações que envolvem muito açúcar, sal, manteiga, óleo e farinha de trigo refinada. Esses são vilões, para quem está aderindo a um plano alimentar com restrição calórica”, alerta a nutricionista.Pessoas portadoras de doenças crônicas como hipertensão, diabetes ou dislipidemias devem ter orientação profissional para escolher os itens da ceia junina. E devem conhecer os ingredientes que foram utilizados para a preparação. “Ninguém precisa deixar de celebrar ou deixar de comer algo. O segredo é ir alternando as opções e ajustando as receitas à condutas saudáveis. Por isso indica os seguintes cuidados:
1. Utilizar o coco ralado natural. É um excelente substituto nas receitas que contêm leite de vaca. Evite aquele em pacotinho pois contém açúcar e conservantes artificiais.
2. Caso prefira utilizar o leite de vaca, prefira a versão desnatada.
3. Não adicionar farinha de trigo refinada nas preparações. Principalmente quem não pode comer glúten.
4. Utilizar óleos como girassol ou milho. Não deixa de ser calórica! Mas é uma melhor escolha.
5. Mesclar o consumo de pequenas porções de bolos, canjicas e mingaus com milho cozido e a laranja que são menos calóricas e mais saudáveis.
6. O quentão é muito calórico, cuidado! Maçã do amor apesar de ser fruta a casquinha de açúcar esconde muitas calorias desnecessárias, evite! E o amendoim apesar de cozido é muito calórico e tem muito sódio.
Dance bastante e tome bastante água e claro sempre ficar atento às boas práticas de manipulação e conservação”, conclui.
Colunista: Yin Yee CarneiroOutras notícias do mesmo colunista |
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