A Sorveteria da Barra tem um motivo muito especial para comemorar o Dia do Sorvete, no dia 23 de setembro, data em que foi aberta a primeira sorveteria no Brasil, em 1834, no Rio de Janeiro. Com 43 anos de sucesso na cidade, a famosa sorveteria ganhou uma loja de frente para a orla da Barra, um espaço clássico e moderno noResidencial Expresso 2222, 683, na Avenida Oceânica. Sem perder a tradição dos sabores de sorvetes e picolés, além da brisa do mar a novidade são sabores especiais criados e sugeridos pelo Mestre Sorveteiro, que fica em cartaz temporariamente em suas vitrines. Para comemorar o Dia do Sorvete, ele promete surpreender os clientes com os sabores Tiramissu e Crème Brûlèe. Confira a história do sorvete no final do texto. Com a nova loja, a Sorveteria da Barra fez questão de valorizar a figura histórica do Mestre Sorveteiro, que diariamente tem a função de produzir e criar os diversos sabores e misturas dessa delicia gelada. A partir daí, ele tem surpreendido os amantes de sorvetes com sabores temporários incríveis e deliciosos, como Morango com Espumante, Coco Verde com Capim Santo, Pitanga, Iogurte com Amarena, Chocomalte, Maracujá Trufado, Umbú, Café e Graviola. Há décadas conquistando turistas e gerações da família baiana, a Sorveteria da Barra mantém os sabores de sorvetes, picolés e sobremesas que contam o sucesso desta trajetória. São sabores que não saem do cardápio, comoo Cajá, Morango, Ameixa, Mangaba, Maracujá, Açaí, Chocolate, Flocos, Tapioca, Baunilha, Pistache eAmendoim, entre outros. Não faltam também os lights Coco Verde, Cajá, Mangaba, Chocolate,Abacaxi e Goiaba. A lista de Sobremesas reúne quatro deliciosas novidades Torta Búlgara Di Latte, Sorvete no Petit Gateau, Sorvete no Waffle e Sorvete no Crepe. O cardápio também reúne os estrelados e tradicionais Sundae, Banana Split, Colegial e Dusty Miller, eleitos pelos clientes os melhores da cidade, Não faltam também as famosas batidas da casa, preparadas com os próprios sorvetes, como o Milk Shake e o Coco com Espumante.
HISTÓRIA DO SORVETE
Conta-se que já no século I o imperador romano Nero comia uma mistura de sorvete doce que era feito com o gelo da neve misturado com uma cobertura de frutas. Mais tarde, entre 618 e 697, o imperador chinês King Tang usava um método semelhante, mas misturava o leite com o gelo, ficando uma espécie de sorvete mais parecido com os atuais. No Brasil, os cariocas foram os primeiros brasileiros a experimentar a delícia gelada que já fazia sucesso em boa parte do mundo. Para alegria da corte portuguesa, no dia 23 de agosto de 1834, Lourenço Fallas inaugurou os estabelecimentos no Largo do Paço e na Rua do Ouvidor, destinados à venda de gelados e sorvetes no Rio de Janeiro. Para isso, importou de Boston (EUA), pelo navio americano Madagascar, 217 toneladas de gelo, conservado envolto em serragem e enterrado em grandes covas, mantendo-se até por cinco meses. Não demorou muito para os sorvetes brasileiros ganharem um toque tropical, misturados a carambola, pitanga, jabuticaba, manga, caju e coco. Na época, não havia como conservar o sorvete gelado, que tinha que ser consumido logo após o preparo. Por isso, as sorveterias anunciavam a hora certa de tomá-lo. Em São Paulo, a primeira notícia de sorvete que se tem registro é de um anúncio no jornal A Província de São Paulo, de 4 de janeiro de 1878, que dizia: "Sorvetes - todos os dias às 15 horas, na Rua direita nº 14". No Brasil, antes do sorvete, as mulheres eram proibidas de entrar em bares, cafés, docerias e confeitarias. Para saboreá-lo, elas praticaram um de seus primeiros atos de rebeldia contra a estrutura social vigente, invadindo estes estabelecimentos masculinos. Por isso, entre nós, o sorvete chegou a ser considerado o precursor do movimento de liberação feminina. O sorvete no Brasil evoluiu a passos curtos, de forma artesanal, com uma produção em pequena escala e em poucos locais. A partir de julho de 1941, a sua distribuição em escala industrial começou quando os galpões alugados da falida fábrica de sorvetes Gato Preto, no Rio de Janeiro, foram ocupados pela U.S. Harkson do Brasil, a primeira indústria brasileira de sorvete. Contava com 50 carrinhos, quatro conservadoras e sete funcionários. Seu primeiro lançamento, em 1942, foi o Eski-bon, seguido pelo Chicabon. Seus formatos e embalagens são revolucionários para a época. Dezoito anos mais tarde, a Harkson mudou seu nome para Kibon.
Colunista: Yin Yee Carneiro
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